para os trabalhadores
<em>Petrogal</em> vai para a greve
Os investimentos necessários na refinação são adiados indefinidamente e o pagamento dos prémios aos trabalhadores é retardado, para aumentar o bolo dos accionistas, acusa a Fequimetal/CGTP-IN.
O conflito é da responsabilidade da administração
A Federação Intersindical da Metalurgia, Metalomecânica, Minas, Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás convocou os trabalhadores da Petrogal e de outras empresas a laborar nas suas instalações, para uma greve de dois dias, entre as 6 horas de 15 de Janeiro e as 8 horas do dia 17. Esta luta inclui ainda a recusa de trabalho suplementar, desde dia 13, até dia 17.
Os objectivos da greve, indicados no pré-aviso, têm a ver com os destinos da empresa e com direitos dos trabalhadores. A Fequimetal alinha-os em quatro pontos:
- defender a refinação nacional e concretizar o plano de investimentos nas duas refinarias (Porto e Sines) e nas outras áreas;
- garantir o pagamento do prémio que é devido aos trabalhadores;
- regularizar as situações socioprofissionais, lutar pela valorização profissional, melhorar as condições de vida e de trabalho;
- garantir a consolidação da Petrogal/Galp ao serviço do País.
Reportando a uma recente reunião com a Comissão Executiva da Petrogal, a federação afirma ter comprovado que «a administração não tem vontade de respeitar os compromissos assumidos, pois que, às tentativas das organizações dos trabalhadores para resolver a situação através do diálogo, ela respondeu com total desinteresse». No comunicado em que apela à participação na greve, a Fequimetal considera que os adiamentos sucessivos da aprovação do programa de investimentos são a demonstração de que «no quadro da actual estrutura accionista persiste quem aposta na liquidação, a prazo, do sector refinador em Portugal». O «enorme risco de destruição deste importantíssimo sector estratégico» tem sido confirmado pelas notícias «sobre eventuais negócios, onde se joga o futuro da».
A federação considera ainda «intolerável» que a administração «penalize pecuniariamente os trabalhadores, não lhes pagando o que tem de pagar no momento certo, para, mais tarde, através de “engenhocas contabilísticas”, acrescentar ainda mais “bolo” aos milhões entregues aos accionistas».
A intenção de avançar para a convocação da greve foi confirmada, em comunicado conjunto dos sindicatos da Fequimetal/CGTP-IN, do Sicop e do Sitese, logo após a reunião de 12 de Dezembro com a Comissão Executiva da Petrogal. Desta, «em termos objectivos», os representantes dos trabalhadores destacaram que:
- quanto ao investimentos nas refinarias, a CE «informou que nem sequer sabe quando vai ter lugar a reunião do Conselho de Administração para analisar o assunto»;
- acerca da dívida aos trabalhadores (distribuição de lucros e situações laborais indevidas), a CE «entende que nada lhes deve ser pago agora».
Estas posições contrastam com o «ofensivo» pagamento de mais 870 milhões de euros de dividendos extraordinários (que vão, sobretudo, para os maiores accionistas, o grupo Amorim e a ENI, cada um deles com um terço do capital da holding Galp Energia).
A falta de respostas a estas questões já levou à realização de uma greve, nos dias 2 e 3 de Novembro.
Diálogo ou confronto?
As organizações sindicais e a Comissão de Trabalhadores, reunidas no final de Novembro, endereçaram uma carta aos presidentes da Galp Energia e da Petrogal, onde voltaram a apelar para a necessidade de aprovar e concretizar investimentos necessários, não ignorar os trabalhadores como protagonistas do sucesso da empresa, e resolver problemas profissionais que representam práticas discriminatórias e ilegais.
Sindicatos e CT «valorizam muito positivamente o aprofundamento do diálogo social na Petrogal/Galp nos anos mais recentes, o que contribuição para a realização de acordos entre as partes, para a redução da conflitualidade e, consequentemente, para uma maior estabilidade social na empresa, pelo que seria seguir o caminho errado, se a administração viesse agora a optar por posições contrárias, apostando no confronto com os trabalhadores», alertava-se na carta, citada num comunicado da Fequimetal.
Os objectivos da greve, indicados no pré-aviso, têm a ver com os destinos da empresa e com direitos dos trabalhadores. A Fequimetal alinha-os em quatro pontos:
- defender a refinação nacional e concretizar o plano de investimentos nas duas refinarias (Porto e Sines) e nas outras áreas;
- garantir o pagamento do prémio que é devido aos trabalhadores;
- regularizar as situações socioprofissionais, lutar pela valorização profissional, melhorar as condições de vida e de trabalho;
- garantir a consolidação da Petrogal/Galp ao serviço do País.
Reportando a uma recente reunião com a Comissão Executiva da Petrogal, a federação afirma ter comprovado que «a administração não tem vontade de respeitar os compromissos assumidos, pois que, às tentativas das organizações dos trabalhadores para resolver a situação através do diálogo, ela respondeu com total desinteresse». No comunicado em que apela à participação na greve, a Fequimetal considera que os adiamentos sucessivos da aprovação do programa de investimentos são a demonstração de que «no quadro da actual estrutura accionista persiste quem aposta na liquidação, a prazo, do sector refinador em Portugal». O «enorme risco de destruição deste importantíssimo sector estratégico» tem sido confirmado pelas notícias «sobre eventuais negócios, onde se joga o futuro da
A federação considera ainda «intolerável» que a administração «penalize pecuniariamente os trabalhadores, não lhes pagando o que tem de pagar no momento certo, para, mais tarde, através de “engenhocas contabilísticas”, acrescentar ainda mais “bolo” aos milhões entregues aos accionistas».
A intenção de avançar para a convocação da greve foi confirmada, em comunicado conjunto dos sindicatos da Fequimetal/CGTP-IN, do Sicop e do Sitese, logo após a reunião de 12 de Dezembro com a Comissão Executiva da Petrogal. Desta, «em termos objectivos», os representantes dos trabalhadores destacaram que:
- quanto ao investimentos nas refinarias, a CE «informou que nem sequer sabe quando vai ter lugar a reunião do Conselho de Administração para analisar o assunto»;
- acerca da dívida aos trabalhadores (distribuição de lucros e situações laborais indevidas), a CE «entende que nada lhes deve ser pago agora».
Estas posições contrastam com o «ofensivo» pagamento de mais 870 milhões de euros de dividendos extraordinários (que vão, sobretudo, para os maiores accionistas, o grupo Amorim e a ENI, cada um deles com um terço do capital da holding Galp Energia).
A falta de respostas a estas questões já levou à realização de uma greve, nos dias 2 e 3 de Novembro.
Diálogo ou confronto?
As organizações sindicais e a Comissão de Trabalhadores, reunidas no final de Novembro, endereçaram uma carta aos presidentes da Galp Energia e da Petrogal, onde voltaram a apelar para a necessidade de aprovar e concretizar investimentos necessários, não ignorar os trabalhadores como protagonistas do sucesso da empresa, e resolver problemas profissionais que representam práticas discriminatórias e ilegais.
Sindicatos e CT «valorizam muito positivamente o aprofundamento do diálogo social na Petrogal/Galp nos anos mais recentes, o que contribuição para a realização de acordos entre as partes, para a redução da conflitualidade e, consequentemente, para uma maior estabilidade social na empresa, pelo que seria seguir o caminho errado, se a administração viesse agora a optar por posições contrárias, apostando no confronto com os trabalhadores», alertava-se na carta, citada num comunicado da Fequimetal.